OMBRO A OMBRO

Lava Jato mira repasses indevidos ao MDB e empresas da PB

25 de agosto de 2020 às 07h44 Por Wallison Bezerra

A Polícia Federal cumpre, neste terça-feira (25), mandados na Paraíba em um desdobramento da Operação Lava Jato.

A ação, desencadeada em Cabedelo, João Pessoa, Campina Grande e Brasília, é originária de Curitiba, berço das investigações. Um dos alvos é Alexandre Costa de Almeida.

A Operação Ombro a Ombro mira vantagens indevidas destinadas ao ministro do Tribunal de Contas da União, Vital do Rêgo Filho, que teriam sido pagas pela empreiteira por meio de doação ao PMDB e repasses a empresas sediadas na Paraíba.

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Durante as investigações, foi identificada uma Organização Criminosa formada por executivos de grandes empreiteiras, que, por meio da formação de cartel e pagamento sistemático de propina a Diretores da Petrobrás, fraudava o caráter competitivo de licitações realizadas pela estatal.

As irregularidades cometidas em detrimento da estatal foram trazidas à tona no bojo da Operação Lava Jato.

A Ombro a Ombro visa apurar supostos delitos de corrupção passiva e lavagem de capitais. Conforme apurado, o investigado teria solicitado e recebido pelo menos R$ 4 milhões, a fim de “blindar” os executivos das grandes empreiteiras, envolvidas no esquema de corrupção que vitimou a PETROBRÁS.

Os pagamentos feitos pela empreiteira a tais empresas foram justificados em contratos fictícios ou superfaturados, e os valores respectivos seriam sacados pelos representantes das empresas e entregues em espécie a intermediários do investigado.

O nome da operação é uma alusão à origem histórica das CPIs. Segundo historiadores, tal origem pode ser associada a reuniões praticadas por monges budistas há milhares de anos, quando se sentavam em círculo (ombro a ombro) no sopé das montanhas, para meditar e apurar causas do mal-estar geral.

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