OPINIÃO

E agora, dependentes ou independentes?

7 de setembro de 2021 às 19h32 Por Wallison Bezerra
Registro da repórter Sarah Teófilo em Brasília mostra um Brasil longe da verdadeira independência

Ainda faltam algumas horas para acabar o 7 de Setembro. A data que celebra a Independência do Brasil foi aguardada por muitos.

Esperada por aqueles que conseguiram um feriadão para viajar. Sonhada por quem teve a oportunidade de sentar com a família. Desejada para os que queriam simplesmente descansar.

Se esse texto fosse escrito há alguns anos colocaria mais uma opção. Era o momento de pais e filhos, avôs e netos, amigos e amigas, todos sentarem às margens de grandes avenidas para assistir ao Desfile das Forças Armadas.

Mas estamos em 2021.

O patriotismo das ruas não existiu. No lugar dele, fanatismo.

De João Pessoa à Brasília, de Sousa a São Paulo, brasileiros foram às ruas. Ao invés da luta por melhorias do país, lotaram avenidas para enaltecer homens passageiros.

As poucas e péssimas palavras proferidas pelo presidente Jair Bolsonaro colocam o país num poço sem fundo.

Ao invés da construção, a destruição.

Daqui a pouco o calendário vira a página. A vida começa a voltar ao normal, se é que podemos falar que vivemos em uma situação normal.

A gasolina continuará superando R$ 6.

Famílias manterão as discussões inúteis por causa de pessoas que se acham gigantes, mas não passam de seres minúsculos.

A energia seguirá correndo o risco de faltar.

O feijão será tão pouco que até a força para levantar um fuzil vai desparecer.

E aí?

E aí que o cidadão tem escolhas que podem ser feitas. Continuar dependente, alguns alucinados insistem permanecer assim, ou seguir como estamos há 199 anos: independentes.

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