Opinião

Qual interesse do eleitor na briga pelo controle de palanque?

30 de abril de 2022 às 17h46 Por Wallison Bezerra

O tema eleições começa ser cada vez mais presente nas discussões do cidadão. A cinco meses do pleito, é chegado o momento em que o paraibano passa a observar com mais atenção as discursões no entorno da campanha, mesmo que ainda seja de forma tímida.

Os temas colocados nas mesas de amigos ou roda de familiares são diversos, vão de interesses próprios a pautas amplas: saúde, educação, economia, política social, infraestrutura, obra, saneamento básico, e por aí vai.

Esses pontos, porém, parecem não ser prioridade para quem pretende estar na disputa. Da direita à esquerda, o que mais se tem visto, principalmente na classe política da Paraíba, é um egoísmo desnecessária sobre ser dono da campanha regional ou “afilhado” de um presidenciável

O ex-governador Ricardo Coutinho (PT) joga todas as peças possíveis para por em prática o controle sobre a presença do ex-presidente Lula na eleição paraibana.

Um dia após o governador João Azevêdo (PSB), principal adversário de Coutinho, sentar ao lado de Lula em um evento PÚBLICO, Ricardo agiu para mudar o foco.

Primeiro foi a intervenção com nome de recomposição no diretório do PT. Depois um vídeo tímido, para não dizer forçado, e de poucas palavras feito pelo ex-presidente citando Veneziano Vital do Rêgo (MDB).

Bastaram esses dois fatos para que aliados de Ricardo usassem todos os meios possíveis para afirmar que na Paraíba Veneziano é o escolhido por Lula, é o mandante do palanque.

De longe, o eleitor assiste a essa briga mesquinha e pensa: era o que eu menos gostaria de acompanhar. Na verdade, essa é uma confusão que nada interessa ao cidadão. Do pessoaense ao cajazeirense, a esperança é de uma discussão do tamanho que a Paraíba merece, não de uma ciumeira retraída.

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