judiciário

Ao decretar prisão, Ricardo Vital diz que Padre Egídio desviou recursos para construir fortuna

17 de novembro de 2023 às 08h39 Por Wallison Bezerra
Cobertura de luxo em João Pessoa é apontada como de propriedade do Padre Egídio Carvalho (Foto: Albemar Santos/Portal MaisPB)

Responsável pela decretação das prisões preventivas de Padre Egídio Carvalho, Amanda Duarte e Janine Dantas, o desembargador Ricardo Vital de Almeida, do Tribunal de Justiça da Paraíba, disse que a medida foi necessária para garantir a ordem pública.

Na decisão, que o Blog Wallison Bezerra teve acesso, o magistrado afirma que há um acervo probatório que prova a existência de um grupo “organizado de forma estruturada e permanente, com atuação no âmbito do Instituto São José, do Hospital Padre Zé e da Ação Social Arquidiocesana/ASA, sediados no município de João Pessoa/PB, cujos integrantes teriam proporcionado o desvio de recursos públicos destinados a fins específicos, havendo flagrantes e contundentes elementos de autoria (aos quais aqui me refiro como indiciários), com relação a EGÍDIO DE CARVALHO NETO, ex-presidente do Instituto Padre Zé, JANNYNE DANTAS MIRANDA E SILVA, administradora do Hospital Padre Zé e AMANDA DUARTE SILVA DANTAS, tesoureira do Instituto São José, como sendo as pessoas que desenvolveram e repercutem o mefistofélico escandaloso esquema criminoso objeto de investigação”.

Segundo o desembargador, “os elementos de provas angariados aos autos indicam que, em tese, considerável montante de valores que deveriam ser destinados ao funcionamento do Hospital Padre Zé pelo Instituto São José era destinado a Egídio de Carvalho Neto para construir fortuna em benefício próprio, com sugestivamente forte participação direta de Jannyne Dantas Miranda e Silva, além de Amanda Duarte Silva Dantas. Vale lembrar que esses valores eram provenientes do erário, e em grande parte esses numerários necessitavam de prestação de contas aos órgãos convenentes, o que, de fato, não ocorria”.

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