“Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros” (João 13,34)
Você já deve ter ouvido por diversas vezes esse versículo. Na minhão visão, é o maior ensinamento que Jesus nos deixou: o amor ao irmão, seja ele qual for.
Infelizmente, parece que não é tão presente. Na semana passada, por exemplo, fiquei triste e envergonhado ao ver cristãos de diversas religiões fazendo condenações gigantes a uma criança de dez anos. Ali não era uma questão de ser favorável ou não ao aborto. Era um caso extremo e de humanidade.
Li em uma reportagem da jornalista Marina Rossi, no El Pais, que pastores tentaram influenciar na decisão da interrupção da gravidez de uma menina capixaba, abusada sexualmente há pelo menos quatro anos por um familiar.
Padres, que deveriam dar apoio emocional ao momento que a garota passava, com palavras que doem.
Pensei muito em escrever sobre esse assunto. Por ser católico, qualquer virgula no lugar errado poderia trazer um olhar equivocado de quem estivesse lendo.
Mas, hoje vi uma mensagem que deu uma alegria grande em ainda acreditar na verdadeira igreja, na igreja que segue o amor.
O Papa Francisco, homem de santidade infinita, nos surpreende com o texto a seguir.
“Deus não precisa ser defendido por ninguém e não quer que o Seu nome seja usado para aterrorizar as pessoas. Peço a todos que parem de instrumentalizar as religiões para incitar ao ódio, à violência, ao extremismo e ao fanatismo cego. Deus não te ama porque te comportas bem; ele simplesmente te ama e basta. Seu amor é incondicional, não depende de ti.”
Ainda há dúvida de que o amor é uma ponte? É construir, edificar. Não destruir.
Essa é a igreja que o mundo precisa ser. A igreja de Francisco, de João Paulo II. A igreja que o Cristo nos deixou por meio de Pedro. A Igreja do amor.