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Na reta final, campanha de João Pessoa chega ao esgoto

12 de novembro de 2020 às 15h46 Por Wallison Bezerra
Panfletos apócrifos espalhados contra o candidato Cícero Lucena, em João Pessoa

Quem acompanha eleição de perto costuma ouvir que na reta final de campanha tudo pode, principalmente quando o interessado está lá em baixo e precisa reverter os números antes do esperado domingo. Errado. Não pode e não deve.

Quem está disposto a concorrer a um cargo público deve, ao menos, ter caráter. Imagina só uma população ser governada por alguém que recorre à covardia? Impossível até acreditar. Mas tem.

De ontem para hoje dois casos chamaram atenção. O primeiro envolve Cícero Lucena, candidato do Progressistas à Prefeitura da Capital. Um panfleto apócrifo foi espalhado em vias da cidades com a foto do ex-senador e acusações. No fim a indagação: “Ele quer voltar a ser prefeito, você vai deixar? Compartilhe”. Pasmem. Não se sabe até agora o autor.

Coincidência ou não, um material semelhante foi publicizado com a imagem de Nilvan Ferreira, representante do MDB na disputa. Desta vez não apenas com acusações, mas com falta de respeito a quem sequer está presente para se defender. Trata-se do ex-prefeito de Bayeux, Jota Júnior, morto em 2017 após problemas de saúde.

No caso de Nilvan, a peça sustentava que ele “faliu Bayeux e agora quer quebrar João Pessoa”, abaixo de uma montagem com as fotos do emedebista e de Jota.

Assim como fez com Cícero, o criador preferiu ficar no anonimato. Mas, talvez, até saibamos uma pista. É alguém, no mínimo, covarde. Sim, aquele que segundo o dicionário age com temor diante de alguém, de algo ou quem não apresenta valentia. 

E o lugar de covardes não é na gestão pública, principalmente quando se trata da capital de um estado. Para estes, restam os esgotos que eles mesmo constroem. Lá mesmo, onde ficam armazenados os dejetos.

Campanha em João Pessoa entra no esgoto. Foto: Agência Brasil

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