Em 02 de novembro, quando a população lembra os mortos durante o Dia de Finados, o cantor Henry Freitas cometeu o que podemos chamar de vacilo ao improvisar um show para um público considerável na praia do Bessa, em João Pessoa. À época, banhistas estavam sem máscara ao lado do jovem artista que entoava os sucessos como se nada de ruim estivesse acontecendo na humanidade.
Passou. Pensávamos que ali seria o ápice. Mas não foi.
Nesse de fim de semana, ignorando os mais de 3,6 mil casos e 40 mortes causadas pela Covid-19 em São Bento, Sertão do Estado, Freitas participou de um show ao lado de Raí Saia Rodada.
De acordo com a última avaliação da Secretaria de Saúde do Estado, a cidade sertaneja está avaliada com a bandeira laranja, onde é permitido apenas o funcionamento de atividades essenciais.
As imagens expostas no Blog de Maurílio Júnior chocam. Mostram a insanidade de uma população que parece ainda não ter acordado para gravidade que passamos e a insensatez de quem insiste ignorar a pandemia.
Será que os forrozeiros estariam lá se nada tivesse? Certeza que não.
Na última sexta-feira (12), em entrevista ao autor do Blog durante o Programa Hora H da Rede Mais Rádio, os cantores Amazan e Sâmya Maia, nomes conhecidos e respeitados do forró, foram enfáticos ao falarem da saudade dos palcos. Mas, como quem tem consciência, reconheceram que, infelizmente, ainda é preciso esperar um pouco.
Talvez seja essa falta de experiência que fez o jovem Henry Freitas, que tem um grande futuro na música nordestina, insistir liderar uma aglomeração sem tamanho na Paraíba.
Pelo segundo mês consecutivo, comete uma irresponsabilidade contra a saúde dos paraibanos. Um descuido que pode transformar a alegria momentânea em choro e tristeza.