judiciário

Dinheiro da ‘Calvário’ destinado ao combate da Covid-19 ainda não foi usado

22 de dezembro de 2020 às 14h19 Por Wallison Bezerra
Ex-secretária Livânia Farias foi presa na Operação Calvário, mas fechou um acordo de colaboração premiada

Os R$ 400 mil (quatrocentos mil reais) ressarcidos pela ex-secretária de Administração do Estado, Livânia Farias, à Justiça ainda não foram utilizados para ações de combate à Covid-19, como foi determinado no mês de março pelo desembargador Ricardo Vital de Almeida, relator da Operação Calvário no Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB).

O valor é referente a um acordo de colaboração premiada firmado entre a investigada, que chegou a ser presa no ano passado, e Ministério Público da Paraíba (MPPB) como forma de ressarcir ao erário.

Atendendo ao pedido do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), Ricardo Vital determinou que o dinheiro deveria ser utilizado para compra de 2.660 testes de antígeno por imunofluorescência ECO-F para COVID -19, em 133 kits, da Empresa ECO Diagnóstica LTDA.

Desde maio, porém, o Hospital Universitário Lauro Wanderley, que seria beneficiado com a entrega dos produtos, relatou problemas em receber os insumos. Inicialmente, a empresa tinha se comprometido entregar o material em até 30 dias. O grupo foi notificado para que apresentasse, em até 48 horas, se tinha recebido os recursos e cumprido o determinado com o HU, caso contrário justificasse o porquê.

Em junho a empresa decidiu devolver os valores. A superintendência do hospital chegou a indicar, por mais uma vez, quais os insumos que seriam necessários para o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, já que o acordo inicial não tinha sido cumprido.

Devido ao tempo transcorrido, a unidade de saúde precisa se manifestar, novamente, até o fim de dezembro se ainda “persiste o interesse na aquisição dos materiais listados no documento”

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