O Governo da Paraíba divulga ainda hoje a 21ª avaliação do Plano Novo Normal. Para quem ainda não conhece, é um mapa que mostra o impacto da pandemia em diversas regiões. O estudo mais recente mostrou que 211 municípios estavam avaliados na bandeira laranja, oito na vermelha, quatro na amarela e nenhum na verde. Ou seja, os dados apresentavam uma situação crítica no território paraibano.
Segundo apurou o Blog, o parecer de logo mais não será diferente. Ele trará uma mensagem clara: ou se reduz ainda mais a mobilidade urbana ou o caminho será uma catástrofe humanitária, ainda maior do que a tragédia sanitária que vivemos.
Situação preocupante na saúde
Os eixos levados em consideração para que o estudo seja elaborado mostram que estamos bem longe de uma situação confortável.
Primeiro, o isolamento social segue abaixo de 40% na Paraíba. Isso talvez justifique uma contaminação superior a mil casos confirmados por dia, assim como tivemos no primeiro pico da Covid-19, ainda no ano passado.
A diferença entre os períodos é que antes havia uma certa demora para a ascensão das contaminações e agora vivemos numa situação mais explosiva.
Outro ponto levado em conta é a preocupação com os sistemas de saúde, seja público ou privado. Apesar de robustas ativação de leitos, a procura tem sido maior que a demanda.
Estado, municípios e redes particulares anunciam diariamente abertura de novas unidades, o que não tem sido o suficiente para anteder as pessoas consideradas em situação grave.
Para se ter uma ideia, 66 pessoas estavam na fila por uma internação na UTI até a manhã deste sábado (20), segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde.
E o que deve ser feito?
A Paraíba tem em vigor hoje o segundo ciclo de decreto com medidas mais restritivas implantadas para reduzir o número de infectados pelo novo coronavírus, diminuindo por consequência a quantidade de internados e mortes.
As ações, porém, ainda não podem resultar numa situação tranquila. Assim como acontece em outros estados, será preciso endurecer.
A contaminação que antes ocorria quando driblávamos as recomendações, agora está em casa. O vírus da rua é levado para o ambiente familiar, quando pessoas deixaram a residência para visitar um parente que habita em outro teto. A prova é presença cada vez maior de famílias internadas ao mesmo tempo. Pais, tios, avós, irmãos e sobrinhos dividindo uma ala hospitalar.
Outro elemento que necessita ser abordado é que em 2020 havia uma situação de contaminação por etapa no estado. Diferente de agora, onde há fase turbulenta em todas as regiões.
Não há como fugir do receituário. Enquanto não há vacina suficiente para toda população, isolamento e uso de máscara salvarão vidas, inclusive de quem não leva o momento com a seriedade que ele pede.