opinião

Até quando Cícero vai acompanhar crise em João Pessoa no modo remoto?

14 de abril de 2021 às 20h22 Por Wallison Bezerra
Prefeito Cícero Lucena se mantém fora de João Pessoa enquanto a cidade vive momento crítico

Eleito para governar João Pessoa em novembro do ano passado, Cícero Lucena (Progressistas) se afastou do cargo na semana em que completou 100 dias de gestão. A justificativa é uma viagem a pelo menos três estados em busca de ações para capital paraibana. Em seu lugar ficou o vice-prefeito Leo Bezerra (Cidadania).

Não há problemas em gestores se afastarem das funções, desde que haja um motivo plausível.

Mas há momentos e momentos.

Não é compreensível que um prefeito se mantenha ausente da cidade que lhe depositou confiança em uma semana de problemas generalizados, mesmo que seja para agendas institucionais.

Na vacinação, a falta de planejamento resultou na caótica cena de idosos aglomerados no Espaço Cultural. Foram em busca de imunização, voltaram para casa cheios de frustração e com grande risco de contágio.

Nas ruas, por conta da decisão de romper contratos em vigor com empresas de coleta, o pedestre precisa driblar o lixo para trafegar. Para quem está dentro de casa, sobra o mau cheiro. Para os animais, uma chance de fazer festa com os resíduos.

Apesar do cenário problemático, até a noite desta quarta-feira (14) não há nenhuma palavra oficial. Nem na sua ativa rede social Cícero deu uma palavra sobre os problemas que pipocaram na cidade que lhe entregou a chave dela.

Por enquanto, ele segue acompanhando a crise no modo remoto, sem nenhuma previsão de interrupção da sua agenda externa. A pergunta é, até quando?

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