judiciário

Delegada presa na ‘Cara de Pau’ cumprirá prisão domiciliar

23 de abril de 2021 às 08h59 Por Wallison Bezerra
Delegada Maria Solidade de Souza foi alvo de uma operação do Ministério Público da Paraíba

O juiz José Jackson da Comarca de Alagoa Grande converteu em domiciliar as prisões preventivas decretada contra a delegada Maria Solidade de Souza e o escrivão Alexandre Sousa, presos ontem durante a Operação “Cara de Pau”. A decisão foi tomada na manhã desta sexta-feira (23) durante audiência de custódia.

Operação “Cara de Pau”

A delegada Maria Solidade de Souza, com atuação na Polícia Civil em Alagoa Grande, e um escrivão foram presos em uma Operação conjunta do Núcleo de controle da atividade policial ( NCAP) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público da Paraíba. Eles são suspeitos de tentar obter vantagens ilícitas por meio de extorsão.

Veja o vídeo onde a delegada foi flagrada recebendo extorsão de um agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Sobre a operação 

De acordo com o promotor Guilherme Lemos foi feita uma denúncia por um servidor público federal de que estava sendo extorquido pelos dois investigados. A delegada e o escrivão estariam exigindo dinheiro para beneficiá-lo em um procedimento policial que apurava um ato cometido pelo denunciante. Foi exigido R$ 5 mil. A metade foi paga e, com autorização judicial, o Ncap e o Gaeco monitoraram o segundo pagamento, prendendo os acusados em flagrante.

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sendo um na Delegacia de Polícia Civil de Alagoa Grande e dois nas residências dos acusados, em João Pessoa. Os dois investigados foram presos e conduzidos para a Central de Polícia em Guarabira, onde aguardarão a audiência de custódia.

O nome da operação “Cara de Pau” foi em alusão ao atrevimento dos dois acusados de cometerem um ato de concussão dentro de uma delegacia, achando que não responderiam pela conduta. O crime de concussão está previsto no Artigo 316 do Código Penal, como o ato de exigir vantagem indevida, na qualidade de servidor público.

Veja o momento da operação

Comentários: