Afastado por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) no âmbito da Operação Calvário, o conselheiro Arthur Cunha Lima está há 18 meses impossibilitado de exercer suas funções. Apesar disso, ele continua recebendo mensalmente o salário pelo cargo.
Em média, o valor líquido é de R$ 30 mil por mês. See levar em consideração os descontos, a remuneração gira em torno de R$ 44 mil.
Levantamento feito pelo Blog mostra que o ex-deputado já recebeu em um ano e meio de afastamento o equivalente R$ 550,5 mil. Não há irregularidade no pagamento dos provimentos. O próprio ministro Francisco Falcão, do STJ, autorizou em seu despacho que Cunha Lima seguisse recebendo salários.
Afastamento
Arthur Cunha Lima foi afastado do cargo em dezembro de 2019, logo após a Operação Juízo Final, um desdobramento da Calvário.
No ano passado, como mostrado no Blog, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou o habeas corpus e manteve o afastamento.
Em outubro, Cunha Lima foi alvo de uma nova fase da investigação contra crimes de de lavagem de capitais praticados pelo conselheiro e por pessoas ligadas ao grupo empresarial em uma das organizações sociais suspeita de envolvimento no recebiemento de propina de fornecedores.
Um dia depois, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou uma denúncia contra Arthur, Ricardo Coutinho [ex-governador da Paraíba] e outros investigados ao Superior Tribunal de Justiça. A ação está conclusa para decisão do ministro Francisco Falcão.