(BRASÍLIA) – Ainda em fevereiro, o Blog escreveu que Ricardo Coutinho (ainda PSB) teria dificuldades para ingressar no Partido dos Trabalhadores. À época, a direção estadual chegou a tratar o fato como “fake news” em entrevistas. A coluna manteve a informação.
+ Ricardo encontrará dificuldades no PT
O que foi chamado de falso, se confirmou. Sem grandes chances de convencer petistas paraibanos, Coutinho articulou por cima o retorno. Recorreu à Gleisi Hoffmann e Lula.
A dificuldade que escrevi há seis meses também se consolidou. O bloco liderado pelos deputados Anísio Maia e Frei Anastácio não enxerga com bons olhos a filiação de Ricardo na legenda. Com razão, temem perder força dentro do partido, já que o ainda socialista gosta de mandar onde chega.
Ontem, a entrevista exclusiva de Gleisi Hoffmann ao programa Hora H, conduzida pelo autor do Blog direto de Brasília, selou o reingresso do ex-governador ao PT e deixou sinais, recados e consequências, pontuo alguns.
Hoje, o nome que o PT quer na Paraíba é Ricardo Coutinho, mesmo que haja um governador bem avaliado e com desejo de votar no ex-presidente Lula em 2022.
O PT nacional sabe que Ricardo é inelegível, por isso evita falar publicamente em candidatura. No entanto, um olhar aprofundando consegue identificar que é um desejo de tê-lo na disputa majoritária, encabeçando o palanque de Lula.
O ditado diz que toda escolha tem consequências. Ao abraçar Ricardo com prioridade, o PT decide correr um risco, e grande por sinal.
Gleisi diz que o principal intuito é derrotar tudo que é ligado a Bolsonaro no próximo ano. Ao fazer o movimento de reingresso de Ricardo, o PT deixa com lagos sorrisos quem deseja derrotar o campo da centro-esquerda na Paraíba, o bolsonarismo.
Volto ao tema depois.
