Parte da população brasileira dedicou o início da tarde desta quarta-feira (08) para acompanhar os pronunciamentos dos presidentes do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
Ambos, esperaram a página do calendário virar para reagir às alucinações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante atos antidemocráticos em Brasília e São Paulo.
De Lira, havia quem esperasse um tom mais duro. No lugar disso, poucas falas de efeito.
“É hora de dar um basta nessa escalada e em bravatas em redes sociais, que acabam amplificadas, e vídeos em um eterno palanque passaram a impactar o dia-a-dia do Brasil de verdade”, frisou o deputado.
Expectativa então para o que viria do magistrado mais poderoso do Brasil, Luiz Fux. Do juiz, vieram palavras indispensáveis e com endereço mais que certo: Palácio do Planalto.
Era preciso reagir, colocar ordem na desordem.
Citou falsos profetas do patriotismo, fez questão de enfatizar que a desobediência judicial é crime.
“Incentivar o descumprimento de decisões judiciais são práticas antidemocráticas e ilícitas, intoleráveis… Estejamos atentos a esses falsos profetas do patriotismo”, declarou.
No ponto mais forte, deixou um recado a alguns poucos alucinados que querem fechar um poder.
“Ninguém, ninguém fechará esta Corte. Nós a manteremos de pé, com suor, perseverança e coragem”
Como um feroz leão que protege os seus, Luiz Fux rugiu e fez ecoar uma mensagem dura, mas necessária. Bem diferente da miada de Lira.
No Brasil de 2021, é muito fácil escolher a quem recorrer quando se precisa de socorro. Ao leão.