opinião

Uma escolha muito fácil

8 de setembro de 2021 às 15h33 Por Wallison Bezerra

Parte da população brasileira dedicou o início da tarde desta quarta-feira (08) para acompanhar os pronunciamentos dos presidentes do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

Ambos, esperaram a página do calendário virar para reagir às alucinações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante atos antidemocráticos em Brasília e São Paulo.

De Lira, havia quem esperasse um tom mais duro. No lugar disso, poucas falas de efeito.

“É hora de dar um basta nessa escalada e em bravatas em redes sociais, que acabam amplificadas, e vídeos em um eterno palanque passaram a impactar o dia-a-dia do Brasil de verdade”, frisou o deputado.

Expectativa então para o que viria do magistrado mais poderoso do Brasil, Luiz Fux. Do juiz, vieram palavras indispensáveis e com endereço mais que certo: Palácio do Planalto.

Era preciso reagir, colocar ordem na desordem.

Citou falsos profetas do patriotismo, fez questão de enfatizar que a desobediência judicial é crime.

“Incentivar o descumprimento de decisões judiciais são práticas antidemocráticas e ilícitas, intoleráveis… Estejamos atentos a esses falsos profetas do patriotismo”, declarou.

No ponto mais forte, deixou um recado a alguns poucos alucinados que querem fechar um poder.

“Ninguém, ninguém fechará esta Corte. Nós a manteremos de pé, com suor, perseverança e coragem”

Como um feroz leão que protege os seus, Luiz Fux rugiu e fez ecoar uma mensagem dura, mas necessária. Bem diferente da miada de Lira.

No Brasil de 2021, é muito fácil escolher a quem recorrer quando se precisa de socorro. Ao leão.

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