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Caso Lucena: MPF contesta Carla Zambelli e defende vacinação em crianças

19 de janeiro de 2022 às 06h24 Por Wallison Bezerra
Deputada bolsonarista Carla Zambelli usou

O Ministério Público Federal na Paraíba (MPF-PB) encaminhou um ofício ao presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, e ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, contestando o pleito da deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP).

A parlamentar pediu a suspensão da imunização contra Covid-19 em crianças no país após a situação ocorrida em Lucena, Região Metropolitana de João Pessoa. Um erro levou à imunização do público com menos de 11 anos com vacinas que eram destinadas a adolescentes e adultos.

Nos ofícios, o MPF ressalta que a situação de Lucena é um fato isolado que já se encontra em apuração e diz respeito exclusivamente à inobservância dos protocolos de operacionalização da imunização do público infantil em uma única unidade de saúde.

Para o órgão, a interrupção na vacinação “não se revela razoável, nem necessária, haja vista que a vacina contra o patógeno pandêmico destinado à essa faixa etária é segura, conforme decisão fundamentada proferida por essa agência reguladora”.

“Não pode ser utilizado como pretexto para justificar a suspensão do curso de toda uma campanha de vacinação, esta, sim, uma medida que, se efetivada, colocaria em risco todo o público-alvo, o qual, há meses, aguardam pelo aludido imunizante”, diz o MPF.

Em entrevista ao autor do Blog, no programa Hora H, da Rede Mais Rádio, a procuradora da República, Janaína Andrade, informou que o Ministério Público destacou que segue investigando o caso para encontrar os culpados sobre a irregularidade e que já colheu depoimentos dos envolvidos na situação, a exemplo do prefeito Leo Bandeira (Solidariedade).

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