A exatos sete meses para as eleições de outubro, partidos e lideranças políticas avançam nas articulações para formação das chapas majoritárias. Até o momento, já são seis pré-candidatos ao Governo da Paraíba.
O governador João Azevêdo disputará a reeleição pelo PSB. O maior desafio na base governista é na escolha de quem será o candidato ao Senado. Efraim Filho (União Brasil) e Aguinaldo Ribeiro (Progressistas) buscam a preferência da cúpula do Palácio da Redenção.
Interlocutores da Granja Santana avaliam que apenas após a decisão do candidato a senador será possível definir quem disputará como vice. O desejo é que possa ser feito um cálculo que não resulte em grandes subtrações. Adriano Galdino (hoje PSB futuramente Republicanos) e Pollyanna Dutra (PSB) chegaram a ser cogitados.
Pela oposição, o principal nome, segundo as pesquisas de intenção de voto, é do deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB). O parlamentar declarou voto em Romero Rodrigues (PSD) para o Governo no ano passado, mas assumiu o posto de pré-candidato após a desistência do ex-prefeito campinense.
Cunha Lima ainda não deu sinais de como será a composição da chapa. Se optar por fazer uma montagem através da geopolítica, necessita encontrar nomes de João Pessoa, inclusive para driblar a rejeição que família enfrenta na capital paraibana.
O senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), até pouco tempo aliado de João Azevêdo, abandonou o atual gestor e fez aliança com o principal adversário de João, o ex-governador Ricardo Coutinho (PT), e a parte dissidente do PT.
Os dois lançaram uma chapa conjunta no mês passado: Veneziano governador e Ricardo senador, apesar deste último travar uma batalha jurídica para participar do pleito, já que está inelegível. Coutinho e Vital garantem que vão liderar o palanque do ex-presidente Lula na Paraíba.
A tese vai de encontro com uma ala do Partido dos Trabalhadores, liderada pelos deputados Anísio Maia (estadual) e Frei Anastácio (federal), apoiadora de João, seguindo o entendimento que foi aprovado através de resolução partidária em outubro.
Ainda no campo da esquerda, a vice-governadora Lígia Feliciano (PDT) manteve a pré-candidatura ao Palácio da Redenção, mesmo após ser preterida por parte do PT. Lígia se encontrou recentemente com Lula em São Paulo, tendo testemunha o presidente estadual da legenda, Jackson Macêdo. O dirigente, no entanto, anunciou voto em Veneziano.
Já a professora Adjany Simplicio foi escolhida como pré-candidata pelo PSOL. Em 2018, ela disputou o cargo de vice-governadora junto a Tárcio Teixeira, ex-candidato ao Governo pela agremiação partidária.
O partido diz ser o único com candidatura de esquerda e entende que Lula é o possível candidato capaz de derrotar Bolsonaro ainda no primeiro turno.
O bolsonarismo caminha para ser representado pelo apresentador da TV Correio Nilvan Ferreira (PTB), ex-candidato a prefeito de João Pessoa pelo MDB. O radialista terá como companheiro de chapa o filho do deputado federal Wellington Roberto (PL), Bruno Roberto (PL).
Bruno revelou na semana passada o convite para que Tércio Arnaud, assessor especial de Bolsonaro, seja o seu primeiro suplente na campanha para o Senado.
A reação aconteceu logo após o pastor Sérgio Queiroz anunciar, por meio de uma coletiva de imprensa, que também estará na disputa pela Alta Casa do Congresso Nacional. O religioso se filiou ao PRTB e declarou que, independente de quantos palanques Bolsonaro venha ter no estado, irá votar no presidente.
As convenções partidárias que vão consagrar os candidatos poderão acontecer a partir do mês de julho. Até que a escalação esteja fechada, muitos jogadores vão tentar bater um bolão para conquistar a preferência do técnico, o eleitor.