A reportagem divulgada pelo Portal T5 sobre a análise econômica dos municípios da Paraíba é alarmante. Segundo um estudo do IBGE, a economia de 93% das cidades paraibanas depende da máquina pública. Esse dado diz muito sobre uma triste realidade e mostra também o que se pode vislumbrar sobre o amanhã.
No Nordeste, a Paraíba é o único local onde é superado o índice de 90% de sujeição à máquina dos governos. O estado fica ao lado de unidades da federação como Acre, Roraima e Amapá. No lado oposto, o Paraná, no Sul do Brasil, teve apenas 7% dos municípios com a economia dependente da administração pública.
O número envergonha, ou ao menos deveria envergonhar, homens e mulheres públicos. Deixar uma população à mercê da economia municipal vai na contramão de qualquer perspectiva de futuro e crescimento. Gestores realmente comprometidos com os cidadão não deveriam jamais aceitar isso acontecer.
É preciso mais do que nunca a mudança do entendimento que é normal a dependência política. As consequências são inúmeras. Investimentos limitados, povo refém, poder concentrado em poucos.
A Paraíba é ume estado rico e os exemplos são inúmeros: mineração, turismo, culinária, artesanato e tantas outras áreas. Para mudar, basta querer. É necessário trazer esse debate para o centro da política. Chamar universidades, entidades, prefeituras, câmaras, sociedade civil.
Essa iniciativa, no entanto, tenha que vir do povo. Se depender de mandatários, não é nada confortável conviver com uma população independente.