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Câmara aciona STF para reativar processo de cassação de vereador paraibano

29 de março de 2023 às 16h11 Por Wallison Bezerra
Ação será relatada pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF)

A Câmara Municipal de Uiraúna ingressou, na noite dessa quarta-feira (28), com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão do juiz Miguel de Britto Lyra Filho, da 4ª Câmara Cível, que suspendeu o processo de cassação do vereador Antônio Itamar (PTB), conhecido como Carneirinho.

O parlamentar faz parte do bloco de oposição à prefeita Leninha Romão (PP) e proferiu um discurso com críticas à vereadora Maria dos Remédios (PSDB), que era oposicionista e virou passou integrar a base de sustentação da gestora. Com maioria absoluta, a bancada governista iniciou um processo de cassação de Carneirinho.

“Eu acho injusto esse processo, porque não quebrei decoro”, disse Carneirinho ao Blog.

O vereador, então, ingressou com recurso na 1ª Instância, mas não obteve resultado favorável. O processo foi para o Tribunal de Justiça. Na terça-feira (27), o juiz Miguel de Britto concedeu a liminar para suspender o processo de cassação.

“Na verdade, o que houve foi a emissão de opiniões e palavras que têm relação como o exercício do mandato do agravante, quando investido do seu munus de vereador, e foram proferidas na circunscrição (dentro dos limites territoriais) do Município de Uiraúna, estando o agravante, portanto, em tese, protegido pelo instituto da imunidade material”, entendeu o magistrado.

Diante da derrota, o presidente da Casa Legislativa, Francisco Benevenuto Claudino, recorreu à Suprema Corte para que a liminar do judiciário paraibano seja derrubada e o processo de cassação de Carneirinho volte a tramitar.

“A conduta de “Carneirinho” é mais grave, pois ataca apenas a vereadora Maria dos Remédios por ter aderido recentemente para o grupo da situação (a única mulher dos três vereadores recém-chegados ao grupo), se caracterizando como uma afronta a figura da mulher”, diz a petição.

O recurso será julgado pela ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).

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