judiciário

Zanin mantém júri de acusado pela morte de Kelton Marques

18 de dezembro de 2023 às 10h29 Por Wallison Bezerra
Decisão foi relatada pelo ministro Cristiano Zanin

O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou o pedido da defesa de Ruan Ferreira de Oliveira, acusado de matar o motoboy Kelton Marques, para que o Júri Popular fosse suspenso. O julgamento acontece na manhã desta segunda-feira (18) de forma híbrida, já que Ruan está detido em Catolé do Rocha, no Sertão da Paraíba.

A defesa de Ferreira alegava o risco de um julgamento parcial em João Pessoa, já que é a cidade onde aconteceu o acidente em setembro de 2021 e local que há o maior clamor social. “É certo que em outras localidades o caso em si gerou repercussão a macular a imparcialidade dos jurados por intermédio da internet e de outros meios de comunicação da mídia”, argumentou.

“Não estamos a buscar um julgamento ABSOLUTAMENTE IMPARCIAL, até mesmo em virtude da abstração e utopia de tal conceito, buscamos somente os julgadores mais imparciais na medida do possível e inegavelmente no município de João Pessoa/PB essa missão é mais difícil do que em qualquer outra Comarca do Brasil”

O julgamento 

Com a decisão de Zanin em rejeitar a suspensão do julgamento, acontece nesta segunda-feira, no 2º Tribunal do Júri da Comarca de João Pessoa, o júri popular de Ruan Ferreira de Oliveira, o ‘Ruan Macário’, acusado de atropelar e matar o motoboy Kelton Marques. O julgamento já tinha sido adiado por duas vezes a pedido da defesa do acusado.

Ruan Ferreira de Oliveira foi pronunciado por homicídio qualificado com dolo eventual, quando se assume o risco de matar. O crime aconteceu em setembro de 2021, em João Pessoa. Conforme informações processuais, o entregador Kelton Marques morreu após ser atingido pelo carro do acusado, que estava a 163 km/h, no Retão de Manaíra.

Moradores da região afirmaram que a colisão aconteceu por volta das 4h. Kelton deixou esposa e duas filhas. A vítima trabalhava em um restaurante que atendia nas madrugadas e na hora do acidente já tinha terminado as entregas do dia e voltava para casa.

Ruan Ferreira de Oliveira ficou foragido e só foi preso em julho de 2022. O réu se apresentou na delegacia de Catolé do Rocha, no Sertão do Estado, acompanhado pelo advogado. Ele foi levado ao presídio da cidade, onde permanece até hoje, em prisão preventiva, aguardando julgamento.

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