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PSDB, um partido em crise na Paraíba… e não é de hoje

13 de março de 2024 às 16h03 Por Wallison Bezerra
PSDB, um partido que até o líder Tovar Correia Lima aponta insatisfações e busca segurança para assinar desfiliação (Foto: Aloísio Abrantes/MaisPB)

Não precisa ir muito longe para lembrar da liderança que o PSDB já teve na Paraíba. Governou estado, possuiu bancada forte nas principais Casas Legislativas, teve senador em destaque nacional, prefeitos importantes. Recentemente, avançou ao segundo turno da disputa estadual, brigando fortemente com o governador eleito.

Até pouco tempo presença forte nos debates da política paraibana, o ninho tucano entrou na fase de encolhimento. Reduziu de tamanho e quadros. Está fora das lembranças de protagonizar nas campanhas das duas principais cidades da Paraíba neste ano. Quando citado em João Pessoa ou Campina Grande, é para figurar como coadjuvante.

Assistiu a saída de Léa Toscano, quadro importante e histórico da sigla. Precisa lidar com críticas fortes de filiados e aliados. Vê o seu líder na Assembleia, Tovar Correia Lima, falar abertamente de insatisfações e buscar segurança jurídica para fechar o clico.

O que aconteceu com o PSDB?

A sina de decadência é reflexo nacional. O cenário da Paraíba não difere do Brasil. O tempo de José Serra, Geraldo Alckmin e Fernando Henrique Cardoso também ficou nos anais. Raquel Lyra, governadora de Pernambuco eleita pelo PSDB, vez ou outra é cotada para deixar a agremiação. Eduardo Leite limitou-se ao debate do sulista, como se o território brasileiro fosse restrito a duas regiões: Sul e Sudeste. Em tão pouco tempo, João Dória virou passado.

Com a saída do clã Cunha Lima do espaço político paraibano, leia-se o afastamento de Cássio e Pedro da cena pública, o deputado Fábio Ramalho assumiu a presidência do partido no estado. Uma alternância, talvez, tardia.

Com grande papel de articulador, Ramalho enfrenta as dificuldades no caminho construído pelos antecessores após as consecutivas derrotas desde 2014. Por mais que busque as alternativas precisas, restam poucas saídas.

Enfraquecido nacionalmente, o PSDB trilha para ver no abrir das urnas do primeiro domingo de outubro de 2024, um resultado que já se dá para desenhar, inclusive para 2026.

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