O anúncio do diagnóstico do câncer é regado de angústia, dor e medo, ao paciente e a familiares. Uma notícia que traz consigo a aflição de como agir contra o tempo. Um dia perdido na batalha se torna gigante na luta.
Um estudo realizado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), divulgado no ano passado pelo Governo Federal, apontava que entre 2023 e 2025 a Paraíba poderia ter 35 mil novos casos de câncer, sendo cerca de 12 mil descobertas por ano.
Um número que somado às patologias já em tratamento sobrecarrega um sistema reduzido. Até hoje, o território paraibano contava apenas com quatro unidades hospitalares para a intervenção necessária através do Sistema Único de Saúde: Hospital Napoleão Laureano e São Vicente, em João Pessoa; Hospital da FAP, em Campina Grande; e Hospital do Bem, em Patos.
Dados da Secretaria de Saúde mostram que atualmente 80% dos portadores só conseguem ter acesso ao tratamento adequado quando a enfermidade está em estado avançado, o que dificulta o êxito buscado por médicos.
Uma página que começa a ser virada. A partir de agora, as pessoas com necessidade de atenção redobrada para superar a doença passarão a conviver com uma nova realidade no Estado: a ampliação da rede de atenção precisa. Ao invés das quatro unidades presentes apenas nos grandes centros, serão 17 hospitais que darão a assistência oncológica primordial.
A medida será possível através do Paraíba Contra o Câncer, articulado pelo secretário Jhony Bezerra e lançado hoje pelo governador João Azevêdo (PSB). O programa vai possibilitar, por exemplo, o diagnóstico e tratamentos precoces aos pacientes, perto de suas casas.
Para isso, os hospitais da rede estadual em todas as regionais passarão a realizar atendimentos oncológicos e tratamento, desde a consulta com oncologista, hematologista, mastologista, por exemplo, à garantia de realização da biópsia em seu território. O investimento previsto é de R$ 700 milhões.
“É um dia muito feliz pra todo nós, em que mais uma vez apresentamos um projeto que será revolucionário na área de saúde, porque vamos enfrentar verdadeiramente, travar esse luta gigante contra o câncer. O governo decidiu investir maciçamente na infraestrutura física para que tenha PET-scam em todas as regiões, fazer radioterapia em todas as regiões e uma rede de hospitais que pudesse fazer o diagnóstico, a coleta, biopsia para identificar novos casos de câncer”, explicou Azevêdo.
Ao discursar, o governador não conseguiu conter a emoção diante de uma plateia que lotou o Teatro Paulo Pontes, em João Pessoa. Para João, a data marca um momento “revolucionário” na Saúde do Estado. Para os pacientes, a esperança da atenção necessária.
Aos familiares, a certeza do cuidado preciso aos enfermos, sem demora. Aos profissionais da saúde, a convicção da estrutura indispensável para transformar o cenário de dor em esperança da vitória.
Mais um passo acertado que o Governo da Paraíba dá para mostrar uma Saúde Pública que dá certo. Com o Opera Paraíba, Coração Paraibano, Rede Cuidar e agora o Paraíba Contra o Câncer, o Estado converte uma realidade que tanto afligiu a população por muito tempo.
