O deputado federal Romero Rodrigues (Podemos) carrega nos ombros a expectativa criada entorno da sua decisão em disputar ou não a Prefeitura de Campina Grande. Ao adotar por muito tempo um silêncio como resposta para diversas interrogações, criou ambiente projeções, pitacos e dúvidas.
A quinze dias do prazo final para as convenções partidárias, Rodrigues vive nos próximos dias um conjunto de dilemas.
Atender ao convite de aliados? Abrir espaço para novas composições? Oficializar um rompimento já consolidado no interior? Lidar com uma campanha contra o afilhado que elegeu em primeiro turno? Manter a aliança construída em 2020? Engolir as amarguras e seguir em frente? Ou simplesmente ficar quieto, jogar parado?
O rumo trilhado por Romero Rodrigues até aqui leva a entender que das alternativas apresentadas anteriormente, dificilmente há a tendência de seguir um caminho ao lado do prefeito Bruno Cunha Lima (União). Os sinais mostram isso.
Independente da decisão a ser tomada, Romero sabe que não pode errar. Decidir, na maioria das vezes, não é fácil. Quando se há uma corrente externa de cobrança, pior ainda.
Mas, não dá mais para adiar. Se hoje há uma demanda sobre a posição que o parlamentar tomará nas próximas horas, muito se deve ao comportamento que ele mesmo adotou.
Seja qual a estrada ser percorrida, ela precisa ser escolhida. Os mais próximos apostam que ela foi estabelecida. O que vier pela frente será seguir o script já montado. Ou não. Nunca é tarde para lembrar que na política recuar é um verbo bem praticado.
A certeza que Romero tem é que o cálculo equivocado de agora pode se tornar uma subtração grande no futuro. Uma jogada política fora é sinônimo de perdas maiores que uma derrota nas urnas.