A bancada do Republicanos decidiu recusar a proposta de federação com União Brasil e o PP, como vinha sendo costurado nos bastidores desde o ano passado. Ontem, durante reunião da bancada, 39 dos 40 parlamentares presentes foram contrários à aliança. Ao Blog, o deputado federal Wilson Santiago (Republicanos) explicou a posição.
“A consulta feita à bancada foi no sentido de não federar. Quais as razões? Primeiro, que retira a autonomia do partido, que agora teria que ser compartilhada. Segundo, o Republicanos só comandaria sete dos 27 estados, como Paraíba e São Paulo. Terceiro, o partido está em ascensão. Se está crescendo, a probabilidade nessa arrancada é que o partido conquiste o maior número de filiados”, explicou.
No último sábado (01), o presidente nacional do União, Antônio Rueda, defendeu, em entrevista ao autor do Blog em Brasília, a formação da frente partidária, mesmo reconhecendo desafios em estados, a exemplo da Paraíba, onde as siglas caminham em campos destintos: um (PP) está no governo e o outro (União) na oposição.
“Queremos tentar consolidar isso ainda neste mês de fevereiro para formar uma grande federação, que será um polo de força política em todo o Brasil (…) Esse é um grande exercício de governança que vamos conduzir ao longo de fevereiro para ver se conseguimos uma conclusão satisfatória. Não é um processo simples, é uma questão complexa, mas, se for bem-sucedido, será benéfico para todos”, disse Rueda.
As duas agremiações partidárias têm pretensões de disputar o Governo do Estado. O Progressistas aposta na desincompatibilização do governador João Azevêdo (PSB) e ascensão de Lucas Ribeiro ao cargo de chefe do Poder Executivo Estadual, o que lhe credencia disputar a reeleição. Já o UB, trabalha para colocar o nome do senador Efraim Filho na cabeça da chapa majoritária.
Com Hugo fora do jogo, com quem ficaria o controle da Federação: Aguinaldo Ribeiro ou Efraim Filho? É possível conciliar? A ver.