Nunca foi segredo para ninguém que a Paraíba é um estado movido pela crônica política. Antes de acabar um eleição, os olhares e projeções já estão voltados para as conjecturas a serem traçadas nos anos seguintes. Seja nos bastidores ou na imprensa, o tema protagoniza a principal manchete.
Em 2025 não é diferente. Prestes a concluir o ciclo à frente do Palácio da Redenção, o governador João Azevêdo (PSB) atrai para si as atenções. Os atores políticos sabem que a decisão de João em disputar o Senado, como tem trabalhado, ou permanecer no cargo até findar a gestão, refletirá em todos os lados, dentro e fora do governo.
De Brasília, em entrevista ao programa Hora H, mandou um recado na última quarta-feira (05). Disse que nada adianta a “ansiedade” colocada à mesa. Enfatizou que o tema só será debatido no momento certo, que no seu olhar é 2026. E foi além, repeliu a tese de “imposições”. Preferiu conjugar o verbo “construir”.
Ontem, na primeira vista oficial à Paraíba após ser alçado presidente da Câmara Federal, deputado Hugo Motta (Republicanos), seguiu o enredo do governador.
Ao defender a unidade do campo governista, avaliou que “no momento certo” haverá a discussão de como cada partido vai se comportar e participar da aliança. Para o dono da caneta mais poderosa do parlamento brasileiro, “não há uma regra posta ou uma receita de bolo pronta”, ou seja, é preciso avaliar como o cenário vai se desenhar até o segundo semestre de 2026, período onde acontecem as convenções.
As declarações de Motta e Azevêdo deixam clara a sintonia das, hoje, principais lideranças políticas do estado. Cantam no mesmo tom. Desfrutam da mesma melodia.