Na denúncia apresentada contra Jair Bolsonaro (PL) e e aliados do ex-presidente cita a ação usada para mapear votos em Santa Inês, no Sertão da Paraíba, como forma de tentar interferir no resultado das eleições de 2022, onde Lula (PT) foi o mais votado no município. Além da cidade paraibana, outros 36 municípios paraibanos constam na planilha. Veja:
Segundo a PGR, Marília Alencar, ex-diretora da Inteligência do Ministério da Justiça, pediu que os dados fossem levantados nas cidades onde o candidato do PT obteve votação superior a 75% no primeiro turno das eleições, como é o caso de Santa Inês, onde Lula teve 89% dos votos contra 8% de Bolsonaro.
“O uso dessa ferramenta era considerado essencial para a execução do plano de manutenção de JAIR BOLSONARO no poder, pois visava reverter o favoritismo do adversário, demonstrado tanto nos resultados do primeiro turno quanto nas pesquisas de intenção de voto para o segundo turno”, argumenta a Procuradoria-Geral da República.
Além da Paraíba, foram monitoradas cidades do Piauí, Bahia, Pernambuco, Maranhão, Ceará e Alagoas.
“Está clara a tentativa deliberada de minar o sistema democrático pelo uso da força inerente à estrutura policial do Estado, mediante ações de embaraço e intimidação de eleitores. Está nítido que os denunciados pelo episódio anuíram à entrada na organização golpista e atuaram para a consecução do seu propósito de desprezar o sistema democrático eleitoral e assegurar a permanência de JAIR BOLSONARO à frente do governo, mesmo que em contrariedade à ordem constitucional”, diz a denúncia,