Sabe o ditado que não tem nada ruim que não possa piorar? Parece que esse tem sido a marca adotada governo Bruno Cunha Lima, em Campina Grande.
Não bastassem os problemas recorrentes por causa de atrasos salariais e falta de insumos nas unidades de saúde, a Rainha da Borborema foi impactada essa semana com a grave denúncia de que a gestão campinense tem uma dívida de R$ 33 milhões com o Hospital Help, de propriedade de Dalton Gadelha, aliado histórico do clã Cunha Lima.
A cobrança saiu da esfera administrativa e foi parar na Justiça, com procedimentos em trâmite no Ministério Público Federal e Ministério Público da Paraíba.
Na tentativa de minimizar o impacto, a Secretaria de Saúde do município contestou a acusação do grupo empresarial liderado por Dalton. Nas entrelinhas, quis passar que o débito não condiz com a realidade.
Poucas horas depois, em uma longa nota, com direito a documentos e informações detalhadas, o Help apresentou a tréplica. Manteve a segurança da informação anteriormente proclamada em alto e bom som: que a Prefeitura de Campina Grande tem sim uma dívida milionária com o hospital. E foi além.
Pediu às autoridades que façam uma busca ativa pelos recursos “para identificar o destino de verbas carimbadas e creditadas há muito tempo pelo Ministério da Saúde nas contas do Fundo Municipal de Saúde que tinha a obrigação de fazer o necessário repasse ao HELP”.
“Acaso se confirme eventual desvirtuamento, é possível que as autoridades envolvidas respondam por improbidade administrativa e, no âmbito criminal, por crimes contra a Administração Pública”, sugeriu o hospital.
Esse episódio reforça uma pergunta: o que aconteceu com Campina Grande?
Reeleito para um novo mandato, o prefeito Bruno Cunha Lima deve uma resposta à cidade. A gravidade do tema levantado – repito, pelo aliado Dalton Gadelha – requer do gestor uma explicação, a quem cabe liderar e enfrenar mais uma crise de forma enfática, principalmente pelo cargo que exerce.
Não é momento para se esconder em comentários de redes sociais, indiretas ou tentar passar, mais uma vez, a imagem de que nada está acontecendo.
O que Bruno Cunha Lima tem a dizer e dar satisfação ao seu maior patrão? Leia-se, o campinense. Com a palavra, Bruno Cunha Lima.
