A notícia da renúncia de Bento XVI em 2013 trouxe a nós, jovens que se preparavam para participar da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, dúvidas de como seria nosso encontro com o líder da Igreja Católica.
Da apreensão à esperança. Ao ser anunciado como novo pontífice, Jorge Mario Bergoglio, nosso Francisco, nos ensinava desde o princípio como ser um peregrino incansável. Não em discursos. Mas sim na prática.
Sem ouro, nem prata, trouxe na mala para o Brasil um coração cheio de fé e ensinamentos. No lugar do luxo, a simplicidade. Na falha da segurança, o acolhimento dos que tanto precisavam de um abraço.
Como todos que estavam ali, buscava a todo momento a chance de ver de perto o maior líder do mundo na atualidade. Enfrentar chuva, frio, sol forte, calor e multidões fortalecia nossa caminhada.
Enfim 26 de julho de 2013. Uma sexta-feira. Sentado em um banco de papelão, câmera na mão, lágrimas escorrendo pelo rosto, fé renovada. Era o momento de ficar a poucos metros do sucessor de Pedro. As mãos trêmulas não registraram a melhor das imagens. Mas o coração guarda até hoje o sorriso daquele senhor que nos transmitia fé ao olhar em nossos olhos.
Bergoglio cumpriu sua missão na terra. Quis Deus que o Santo Padre voltasse à Casa do Pai logo após celebrarmos a Ressurreição de Cristo. Francisco, porém, nunca vai morrer.
Enquanto Igreja, jamais podemos esquecer dos exemplos do jesuíta argentino que foi instrumento na luta pela paz. O homem que verdadeiramente conjugou o verbo amar, e amar como Jesus ensinou: ao próximo como a si mesmo.
A notícia da morte do Papa nos impacta, nos faz chorar. No caso de Francisco, a dor da despedida é preenchida pela certeza que sua missão foi cumprida.
Obrigado Francisco.
Daqui, seguiremos firme levando teu legado e gritando a todos os cantos. Nós somos a Juventude do Papa.