Investigado na Operação Poço Sem Fundo, o coordenador do DNOCS na Paraíba e presidente do MDB de João Pessoa, Alberto Gomes, teve pedido de afastamento do cargo feito pelo Ministério Público Federal.
Para o MPF, o distanciamento de “Esquerdinha” era necessário pois ele tem como “padrinho” o ex-deputado federal Benjamim Maranhão e estaria aparentemente envolvido com recebimento de propina. Além disso, Gomes é um ordenador de despesa.
“Há suspeitas de participação de RINALDO e ALBERTO GOMES (“ESQUERDINHA”), haja vista que ambos possuem responsabilidade sobre a parte final das contratações e pagamentos em virtudes dos cargos que ocupam. E, somente com o envolvimento deles, é possível o perfeito êxito das empreitadas criminosas. Ambos foram nomeados a partir da influência política do ex-parlamentar BENJAMIM MARANHÃO.”, diz um trecho da peça que o Blog teve acesso, com exclusividade.
Por isso, os procuradores queriam que o servidor deixasse de exercer o cargo no Departamento Nacional de Obras Contra as Secas na Paraíba.
Mas, a juíza Cristiane Mendonça, da 16ª Vara da Justiça Federal, não acatou.
“Veja-se que ainda estamos no campo das hipóteses investigativas, sem que tenham sido encontrados indícios minimamente concretos de participação de ALBERTO GOMES. Estas hipóteses podem até serem merecedoras de credibilidade para autorizar, por exemplo, medidas de busca e apreensão (em autos próprios), mas são insuficientes para afastamento do dirigente local máximo do DNOCS”, disse na decisão.