análise

Expedito, Marielle e o exemplo que a Paraíba dá ao Rio de Janeiro

16 de dezembro de 2020 às 13h33 Por Wallison Bezerra
Expedito Pereira e Marielle Franco, ambos políticos, foram assassinados sem chance de defesa

Exatamente uma semana após o assassinato do ex-prefeito de Bayeux, Expedito Pereira, a Polícia Civil da Paraíba requereu e conseguiu a prisão dos três principais suspeitos do crime. Gean Carlos da Silva Nascimento,  Leon Nascimento dos Santos e Ricardo Pereira, este último sobrinho da vítima. Há fortes indícios que a execução partiu do trio.

A morte de Expedito, naturalmente, nos lembra ao trágico episódio envolvendo a vereadora carioca Marielle Franco, guardadas suas proporções.  Nos dois fatos houve repercussão por se tratarem de figuras públicas, conhecidas e queridas pela sociedade.

Assim como no Rio de Janeiro, os policiais paraibanos tiveram acesso às imagens de monitoramento e conseguiram chegar no que se apresenta ser a solução do crime em tempo recorde. Diferente do caso de Marielle, onde muitas perguntas ainda não foram respondidas.

E aqui cabe registrar o trabalho, incansável, da Delegacia de Crimes Contra as Pessoas.

A responsável por colher as primeiras informações foi a delegada Vanderleia Gadi. Foi ela quem primeiro descartou a tese de latrocínio, como alguns chegaram a cogitar. Tratava-se de uma execução. O caso foi repassado para os delegados Victor Melo, que preside as investigações, e Emília Ferraz.

Os três evitaram os holofotes. Trabalharam para chegar ao desfecho o mais rápido possível.

Mas por que lembrar a execução de Marielle Franco, que, claro, tem uma dimensão bem maior se comparado com o fato envolvendo ex-gestor de Bayeux? Simples. É apenas para mostrar que quando se quer, o resultado vem e vem rápido.

Um recado que a Paraíba dá ao Rio de Janeiro. Afinal, não deveríamos mais precisar perguntar, 1008 dias depois, quem mandou matar e porquê mataram Marielle.

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