Ainda faltam algumas horas para acabar o 7 de Setembro. A data que celebra a Independência do Brasil foi aguardada por muitos.
Esperada por aqueles que conseguiram um feriadão para viajar. Sonhada por quem teve a oportunidade de sentar com a família. Desejada para os que queriam simplesmente descansar.
Se esse texto fosse escrito há alguns anos colocaria mais uma opção. Era o momento de pais e filhos, avôs e netos, amigos e amigas, todos sentarem às margens de grandes avenidas para assistir ao Desfile das Forças Armadas.
Mas estamos em 2021.
O patriotismo das ruas não existiu. No lugar dele, fanatismo.
De João Pessoa à Brasília, de Sousa a São Paulo, brasileiros foram às ruas. Ao invés da luta por melhorias do país, lotaram avenidas para enaltecer homens passageiros.
As poucas e péssimas palavras proferidas pelo presidente Jair Bolsonaro colocam o país num poço sem fundo.
Ao invés da construção, a destruição.
Daqui a pouco o calendário vira a página. A vida começa a voltar ao normal, se é que podemos falar que vivemos em uma situação normal.
A gasolina continuará superando R$ 6.
Famílias manterão as discussões inúteis por causa de pessoas que se acham gigantes, mas não passam de seres minúsculos.
A energia seguirá correndo o risco de faltar.
O feijão será tão pouco que até a força para levantar um fuzil vai desparecer.
E aí?
E aí que o cidadão tem escolhas que podem ser feitas. Continuar dependente, alguns alucinados insistem permanecer assim, ou seguir como estamos há 199 anos: independentes.