entrevista

Fernanda Albuquerque revela porque entrou na política e fala sobre futuro na TV

3 de abril de 2022 às 13h26 Por Wallison Bezerra

A jornalista e empresária Fernanda Albuquerque se filiou essa semana ao União Brasil com o objetivo de disputar umas das 12 vagas destinadas à bancada paraibana na Câmara Federal, em Brasília.

Esta é a primeira disputa eleitoral que a comunicadora vai enfrentar. São 18 anos de TV e uma carreira consolidada no empreendedorismo. São três salões de beleza e mais dois empreendimentos em outros segmentos, que juntos geram mais de 200 empregos.

Em entrevista ao autor do Blog, Fernanda Albuquerque revela os motivos da pré-candidatura, quais as bandeiras que pretende defender na campanha, como foi a reação do público e qual o seu futuro na televisão.

Confira:

– O que lhe faz entrar na política?

Quando a gente fala em política, a maioria das pessoas expressa a sua insatisfação com representantes. Dizem que é um ambiente sujo, demonstram nojo mesmo. Por que pensam assim?! Justamente por muitas vezes não termos opções que não venham de uma oligarquia. Quando recebi o convite, pensei: se lembraram do meu nome, entendem que eu represento o perfil do novo, que o povo quer e precisa.

– Por que disputar a Câmara?

Uma mulher sem tradição política, sem base eleitoral, sem apadrinhamento e todas as outras condições que favorecem uma disputa eleitoral, ser lembrada, é uma oportunidade que eu não poderia refutar.
O convite veio para ser pré-candidata a deputada federal e foi nele que me agarrei por enxergar a possibilidade de contribuir para o meu Estado e também para a história da mulher na política da Paraíba.

– Que bandeiras você gostaria de defender no legislativo federal?

Durante a minha vida inteira, dei, através do meu trabalho, e da minha vida privada, visibilidade a várias causas importantes. Nunca fui uma mulher “ninchada”. Me envolvo com as demandas ligadas ao universo feminino porque naturalmente é onde mais atuo, então, o empoderamento feminino através de instrumentos reais que deem condições a essas mulheres muitas vezes romper ciclos de violência, além de apoio efetivo, não será esquecido por mim. Como voluntária, atuo junto a algumas ONGs ligadas a crianças e famílias em situação de vulnerabilidade, buscando melhorias nas condições de vida. Me sensibilizo também com as causas que envolvem o empreendedorismo, pois como empreendedora, senti na pele todas as dificuldade de empreender neste país.
Não posso deixar de dizer que escuto queixas de várias profissões e sei que posso contribuir para ampliar o debate sobre estas profissões.

E pra finalizar, não é sobre bandeiras, porque bandeira você pode pegar e soltar. É sobre princípios e propósitos.

– Em meio à polarização que domina o país, de que lado está Fernanda Albuquerque?

Do lado da liberdade de escolha. Meu partido não declarou apoio a nenhum candidato.

– Ao noticiar a pré-candidatura, recebeu mais apoios ou críticas?

Mais apoio. Naturalmente, as críticas veem. Não existe unanimidade e tenho humildade suficiente para entender que muitas pessoas ligam entrada na política a enriquecimento, o que é contraditório demais, afinal, como mudar algo se não damos oportunidade aos novos nomes oriundos da sociedade.

– Como viu as críticas?

Com humildade. Trabalho em comunicação há 18 anos. Todo dia tem alguém dizendo que ama e outra dizendo que não gosta. Faz parte. Focar nos princípios e seguir em frente.

– Pretende seguir com trabalho na televisão?

Enquanto a emissora permitir que eu continue, sigo fazendo o meu trabalho. O prazo para desincompatibilização ainda está longe, então, por mim, sigo até lá.

– O que o paraibano pode esperar da Fernanda Albuquerque deputada, caso venha ser eleita?

Lealdade. Eu já sofri muito na vida por ser leal. Mas nunca consegui fazer diferente porque é essência. Estarei na Câmara dos Deputados sendo leal aos meus princípios, motivos pelos quais paraibanos e paraibanas terão confiado em mim.

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